Como dizer "não" sem provocar a fúria de seu filho
Negar desejos de
uma criança é inevitável, ainda mais na época de férias. Saiba como fazer isso
sem criar problemas.
Foto: Getty Images
Crianças não dão
"show" sem plateia: aprenda a impor limites
“Eu tinha pavor
daquelas criancinhas que se jogavam no chão quando a mãe negava algum brinquedo
ou doce. Sempre pensava: filho meu jamais vai se comportar desta forma. Afinal,
comigo nunca teve acordo, ou eu obedecia ou enfrentava o chinelo. Hoje, minha
filha Giulia, de 3 anos, faz o show completo. Grita, prende o ar e começa a me
bater. Morro de vergonha e acabo fazendo a vontade dela, pois acho que vão
pensar que eu sou uma péssima mãe”, conta.
A enfermeira
Cristina Torre, 25 anos, sofre desde que a sua pequena Giulia começou a andar e
a falar as primeiras palavras. A psicóloga Mariana Chalfon diz que as crianças
precisam de limites desde pequenas. “Aos oito meses de vida, pais ou
profissionais que cuidam da criança precisam estar constantemente vigilantes
para evitar que a criança se exponha a perigos que comprometam sua integridade.
Dizer ‘não’ para a criança ao vê-la colocar os dedos na tomada ou ao tentar
pegar um objeto pesado em cima da mesa, por exemplo, já são maneiras de
estabelecer alguns limites”, explica.
Especialista em psicopedagogia, Maria Irene Maluf diz que dar limites dá
trabalho, exige tempo, dedicação e muitos aborrecimentos. “Dizer sim a tudo é
uma saída confortável, principalmente para quem tem medo de deixar de ser amado
pelo filho”, alerta. Ao contrário do que muitos acreditam, dizer não depois que
a criança está mais crescida, com cinco ou seis anos, não vai torná-la
agressiva. Nesta idade, elas precisam saber que existem atividades apropriadas
e circunstâncias que são adequadas.
Mariana Chalfon diz que em algum momento da vida a criança vai reclamar ao ouvir um não, mas elas precisam disso. “De certa maneira, os pais ensinam as crianças a ter discernimento e responsabilidades quando apresentam alguns limites, o que é fundamental para o desenvolvimento delas”, diz.
Mariana Chalfon diz que em algum momento da vida a criança vai reclamar ao ouvir um não, mas elas precisam disso. “De certa maneira, os pais ensinam as crianças a ter discernimento e responsabilidades quando apresentam alguns limites, o que é fundamental para o desenvolvimento delas”, diz.
Fragilidades
Crianças com menos
tolerância para suportar um “não” vão sofrer mais para se adaptar à escola, ao
mundo profissional, à vida conjugal e serão pais e mães impotentes perante seus
filhos. Há casos em que a mãe cai em si quando começa a ler matérias a
respeito, a perceber as consequências no comportamento eternamente frustrado e
insatisfeito do seu filho. “Mas há muitos casos que exigem um trabalho
especializado, uma terapia para o próprio casal aprender a resgatar o seu papel
de pai e de mãe na família”, diz Maria Irene.
Maria Aparecida
Pereira, massagista e mãe de Arthur, de 5 anos, diz que seu filho sempre se
debatia contra o chão quando era contrariado. “Uma vez, a professora da
escolinha do meu filho me chamou e disse que ele estava se isolando cada vez
mais e que era muito tímido”. Maria começou a perceber a importância de
estimular um esporte que proporcionasse o convívio de Arthur com as outras
crianças. “Hoje, ele é uma criança mais afável e emocionalmente estável.
Aprendeu que perder faz parte da vida e que não há nenhum mal nisso”.
Como lidar com a birra das crianças em lugares
públicos?
Maria Irene diz que
ninguém dá show sem plateia. “A melhor coisa é se afastar por alguns metros e
não prestar atenção.” A psicóloga explica que se isso não funcionar, é porque a
mãe já fez isso e voltou atrás, perdendo a credibilidade. Neste caso, pegue seu
filho do chão, o coloque nos braços e retire-se do local com ele. “Leve-o para
casa e tenha uma atitude firme, até ter certeza de que ele não fará mais
manhas, proíba-o de sair com você”. Maria fala que esse é um castigo difícil de
cumprir, mas infalível para contornar e acabar com os chiliques e as chantagens
infantis.
Existe idade certa para começar a dar limites para
as crianças?
Dar limites é
educar com valores, com respeito ao outro, e isso começa desde pequeno. Há, por
exemplo, bebês de um mês que mal a mãe passa a dar atenção ao pai ou aos
irmãos, já começa a resmungar, choramingar para controlar.
Caso a mãe nunca tenha dito não, como começar a
estabelecer regras?
Provavelmente a
criança vai ficar com raiva e medo, mas vai aprender que há hierarquia no
mundo, vai desenvolver tolerância à frustração, se tornar uma pessoa mais
forte, mais compreensiva e menos egocêntrica. “Existe uma ideia ultrapassada de
que jovens delinquentes são consequência de uma educação rígida, uma ideia
equivocada. Eles foram educados, sim, mas de forma errada, em lares onde não
havia amor, respeito, normas, consequências, direitos e deveres, entre todos os
membros da família”, explica Maria Irene Maluf.
Fonte: http://delas.ig.com.br/filhos/como-dizer-nao-sem-provocar-a-furia-de-seu-filho/n1237534474132.html-
10/01/2010.
Como ensinar seu filho a ser uma 'criança-cidadã'
Dar o exemplo é a
principal maneira de mostrar às crianças como elas podem – e devem – se
comportar socialmente
Renata Losso,
Foto: Getty Images
Criança-cidadã:
espírito de equipe e respeito podem ser passados desde cedo
Dentro e fora de casa, inevitavelmente, o comportamento dos pais
influencia o dos filhos. Se você não está consciente disso, pense nas seguintes
situações: será que pedir para a criança contar uma mentirinha ou deixar um carrinho
de supermercado atrapalhando a passagem de outros veículos são bons exemplos?
Se quiser criar uma criança socialmente boa, que respeita os outros, a resposta
é não.
Segundo a educadora Adozinda Kuhlmann, que recebeu o título de Cidadã Paulistana em 2007, aos seus 90 anos, os exemplos que os pais dão funcionam muito melhor do que as regras. “Nós nascemos para conviver, e respeitando as pessoas com quem você convive, o sentimento social de todos ao redor acaba se aprimorando”, revela.
Informação, debate e exemplo
Para que uma criança adote uma postura socialmente correta e viva bem em sociedade, primeiramente é preciso que os pais reflitam sobre o assunto. Segundo Daniela de Rogatis, coordenadora da Companhia de Educação , que auxilia pais na educação dos filhos, a criança vai acompanhar o modo como os pais se comportam na vida social. “Meu filho não será gentil se eu não for gentil, se a gentileza não for um valor dentro de casa”, diz. Por isso, ela explica que quando tal comportamento passa a fazer parte do dia a dia da criança, ele passa a ser natural para ela.
No entanto, o tratamento dos pais para com os filhos também faz uma grande diferença. A psicóloga infantil Beatriz Otero, da Clínica Multidisciplinar Elipse , diz que não adianta apenas dizer ao seu filho, por exemplo, que é feio mentir. “Se ele se comporta de uma maneira errada, o ideal é conversar, explicar a situação, as consequências daquele comportamento”, explica.
De acordo com Cláudia Porto, editora do Mingau Digital , site criado para crianças, pais e professores, famílias que aceitam qualquer comportamento de um filho não estão contribuindo para que ele cresça emocionalmente saudável. “E muito menos para que ele tenha uma vida feliz quando adulto”, completa.
Levar questões de sustentabilidade para dentro de casa pode proporcionar à criança uma noção maior de respeito à diversidade e ao meio ambiente. “O que é sustentável pode ser abordado em diversos aspectos, principalmente a questão do consumo, de como lidamos com as coisas dentro de casa”, afirma Rogatis. Você sempre trata lixo como lixo ou aproveita a caixa do brinquedo para outra coisa? Se uma criança aprende que tudo pode ser aproveitado, ela passa a incorporar esta noção. Assim, os pais abrem mais espaço para discutir sobre o que é ser socialmente saudável.
Fora de casa
Para uma criança adotar uma atitude generosa em relação ao mundo, é preciso que os pais tenham paciência e deem importância para o assunto. Porém, há diversas iniciativas que também podem ser tomadas, como mostrar à criança que não somente os pais agem de determinada forma, mas pessoas que estão no meio social em que ela vive, seja professores, pais dos amigos, outros parentes. “Uma tia que se oferece para ensinar a empregada a ler, um avô que ajuda a consertar brinquedos, isso tem um valor inestimável para a criança”, revela Porto.
Além disso, ele indica que, se for possível, é bom envolver a criança num projeto social ou ambiental. “Mas tem que ser um projeto que ajude a resolver um problema, e não assistencialista”, explica. Por exemplo: participar de um mutirão para limpar a praia, plantar mudas em áreas degradadas, ajudar a pintar um orfanato. Segundo a especialista, atitudes como estas farão com que a criança se sinta bem e ficará mais fácil para elas adotarem essa prática.
Se a escola que a criança estuda também procura ensiná-los sobre o que é socialmente benéfico e se preocupa com projetos sócio-ambientais, é mais uma oportunidade para a criança refletir sobre as responsabilidades que deve ter no meio em que vive. Com três filhos pequenos de diferentes idades – nove, seis e cinco anos –, Rogatis conta que eles também estão inseridos neste aprendizado; e também levam reflexões para dentro de casa. “Na escola eles obtêm bons exemplos, como a questão da economia de água que eles incorporaram e trouxeram para casa”, afirma. Ela acredita que, em alguns aspectos, eles refletem até melhor do que os adultos sobre que conduta deve ser tomada.
Segundo a educadora Adozinda Kuhlmann, que recebeu o título de Cidadã Paulistana em 2007, aos seus 90 anos, os exemplos que os pais dão funcionam muito melhor do que as regras. “Nós nascemos para conviver, e respeitando as pessoas com quem você convive, o sentimento social de todos ao redor acaba se aprimorando”, revela.
Informação, debate e exemplo
Para que uma criança adote uma postura socialmente correta e viva bem em sociedade, primeiramente é preciso que os pais reflitam sobre o assunto. Segundo Daniela de Rogatis, coordenadora da Companhia de Educação , que auxilia pais na educação dos filhos, a criança vai acompanhar o modo como os pais se comportam na vida social. “Meu filho não será gentil se eu não for gentil, se a gentileza não for um valor dentro de casa”, diz. Por isso, ela explica que quando tal comportamento passa a fazer parte do dia a dia da criança, ele passa a ser natural para ela.
No entanto, o tratamento dos pais para com os filhos também faz uma grande diferença. A psicóloga infantil Beatriz Otero, da Clínica Multidisciplinar Elipse , diz que não adianta apenas dizer ao seu filho, por exemplo, que é feio mentir. “Se ele se comporta de uma maneira errada, o ideal é conversar, explicar a situação, as consequências daquele comportamento”, explica.
De acordo com Cláudia Porto, editora do Mingau Digital , site criado para crianças, pais e professores, famílias que aceitam qualquer comportamento de um filho não estão contribuindo para que ele cresça emocionalmente saudável. “E muito menos para que ele tenha uma vida feliz quando adulto”, completa.
Levar questões de sustentabilidade para dentro de casa pode proporcionar à criança uma noção maior de respeito à diversidade e ao meio ambiente. “O que é sustentável pode ser abordado em diversos aspectos, principalmente a questão do consumo, de como lidamos com as coisas dentro de casa”, afirma Rogatis. Você sempre trata lixo como lixo ou aproveita a caixa do brinquedo para outra coisa? Se uma criança aprende que tudo pode ser aproveitado, ela passa a incorporar esta noção. Assim, os pais abrem mais espaço para discutir sobre o que é ser socialmente saudável.
Fora de casa
Para uma criança adotar uma atitude generosa em relação ao mundo, é preciso que os pais tenham paciência e deem importância para o assunto. Porém, há diversas iniciativas que também podem ser tomadas, como mostrar à criança que não somente os pais agem de determinada forma, mas pessoas que estão no meio social em que ela vive, seja professores, pais dos amigos, outros parentes. “Uma tia que se oferece para ensinar a empregada a ler, um avô que ajuda a consertar brinquedos, isso tem um valor inestimável para a criança”, revela Porto.
Além disso, ele indica que, se for possível, é bom envolver a criança num projeto social ou ambiental. “Mas tem que ser um projeto que ajude a resolver um problema, e não assistencialista”, explica. Por exemplo: participar de um mutirão para limpar a praia, plantar mudas em áreas degradadas, ajudar a pintar um orfanato. Segundo a especialista, atitudes como estas farão com que a criança se sinta bem e ficará mais fácil para elas adotarem essa prática.
Se a escola que a criança estuda também procura ensiná-los sobre o que é socialmente benéfico e se preocupa com projetos sócio-ambientais, é mais uma oportunidade para a criança refletir sobre as responsabilidades que deve ter no meio em que vive. Com três filhos pequenos de diferentes idades – nove, seis e cinco anos –, Rogatis conta que eles também estão inseridos neste aprendizado; e também levam reflexões para dentro de casa. “Na escola eles obtêm bons exemplos, como a questão da economia de água que eles incorporaram e trouxeram para casa”, afirma. Ela acredita que, em alguns aspectos, eles refletem até melhor do que os adultos sobre que conduta deve ser tomada.
Respeitar a criança
Segundo Adozinda Kuhlmann, é preciso ter conhecimento do seu filho para passar para ele valores bacanas. “Os pais precisam respeitar e saber o que se passa com o filho sempre”, afirma. Se ele também for respeitado, será mais fácil respeitar o próximo.
Além disso, ela explica que não adianta querer cercear a criança, ficar em cima para que ela faça isso ou aquilo. “É preciso explicar o que acontece, as razões para aquilo e as consequências dos atos”, completa.
Com o trabalho das escolas, ONGs e até mesmo da mídia, as crianças hoje estão mais informadas sobre as questões da cidadania. “Elas estão num ambiente que proporciona oportunidade para ser socialmente melhor”, afirma Rogatis. Mas os pais também devem aproveitar este momento para refletirem sobre o próprio papel no tema e, assim, passarem uma postura mais sustentável para os filhos – sempre com naturalidade.
Segundo Adozinda Kuhlmann, é preciso ter conhecimento do seu filho para passar para ele valores bacanas. “Os pais precisam respeitar e saber o que se passa com o filho sempre”, afirma. Se ele também for respeitado, será mais fácil respeitar o próximo.
Além disso, ela explica que não adianta querer cercear a criança, ficar em cima para que ela faça isso ou aquilo. “É preciso explicar o que acontece, as razões para aquilo e as consequências dos atos”, completa.
Com o trabalho das escolas, ONGs e até mesmo da mídia, as crianças hoje estão mais informadas sobre as questões da cidadania. “Elas estão num ambiente que proporciona oportunidade para ser socialmente melhor”, afirma Rogatis. Mas os pais também devem aproveitar este momento para refletirem sobre o próprio papel no tema e, assim, passarem uma postura mais sustentável para os filhos – sempre com naturalidade.
Foto: Getty Images
Adotar um bicho
carente: a criança ajuda a cuidar e cria mais noção de solidariedade
6 dicas práticas
- Adote um animalzinho carente. Isso ensina a criança desde cedo a ter mais compaixão e a cuidar do próximo
- Dê o exemplo primeiro. Não adianta xingar as pessoas no trânsito e depois exigir que o seu filho não xingue o amiguinho
- Ensine o seu filho a cuidar das coisas – guardar os brinquedos, arrumar a casa no fim do dia, não jogar coisas boas fora
- Leve a criança com você quando for ajudar uma ONG ou doar os brinquedos delas para crianças carentes
- Recicle o lixo, não gaste muita água, não deixe luzes acesas à toa – tudo isso acaba virando hábitos socialmente saudáveis para seu filho
- Seja gentil sempre que possível: dê lugar aos mais velhos na fila, ajude alguém que esteja perdido na rua, não maltrate garçons ou atendentes (ainda que algo tenha saído errado)
- Adote um animalzinho carente. Isso ensina a criança desde cedo a ter mais compaixão e a cuidar do próximo
- Dê o exemplo primeiro. Não adianta xingar as pessoas no trânsito e depois exigir que o seu filho não xingue o amiguinho
- Ensine o seu filho a cuidar das coisas – guardar os brinquedos, arrumar a casa no fim do dia, não jogar coisas boas fora
- Leve a criança com você quando for ajudar uma ONG ou doar os brinquedos delas para crianças carentes
- Recicle o lixo, não gaste muita água, não deixe luzes acesas à toa – tudo isso acaba virando hábitos socialmente saudáveis para seu filho
- Seja gentil sempre que possível: dê lugar aos mais velhos na fila, ajude alguém que esteja perdido na rua, não maltrate garçons ou atendentes (ainda que algo tenha saído errado)
Fonte:
http://delas.ig.com.br/filhos/como-ensinar-seu-filho-a-ser-uma-criancacidada/n1237609144699.html
- 05/05/2010.
O AUTISMO é uma disfunção neurológica de base orgânica, que afeta a sociabilidade, a linguagem, a capacidade lúdica e a comunicação.
Como o autista tem grave alteração de comunicação, mais especificamente no desenvolvimento de linguagem, a atuação do FONOAUDIÓLOGO é imprescindível para o tratamento precoce da criança.
A figura mostra os principais sinais do comportamento do autista. Caso note isso em seu filho, aluno ou qualquer outra criança. Não deixe de procurar atendimento especializado, para o correto diagnóstico. A FONOAUDIOLOGIA tem papel fundamental nesses casos!
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